Concha Y Toro

Como eu falei em um post anterior, o Chile era um pedacinho do mundo que eu sonhava conhecer, e dentre tantos lugares em Santiago e região, aí está um passeio clichê: Vinícola Concha Y Toro.
Confesso que eu e Pitter (maridão) estávamos com planos de irmos em outras vinícolas, justamente por ouvirmos tanto que Concha Y Toro era turística demais. Resolvemos de ultima hora ir conhecer, e valeu super a pena.

Quando fomos, existiam duas formas de conhecermos a vinícola. Com o ticket do Tour tradicional ou Tour Marques de Casa Concha. Ambos com opções de guia inglês e espanhol e com horário marcado.

Queríamos ter ido na segunda opção, pois é a mais completa, mas como resolvemos de ultima hora, não conseguimos garantir nosso ticket pelo site, – tivemos um contratempo com o cartão de crédito – , e aí resolvemos arriscar indo direto para comprar na bilheteria.

O Tour Marques de Casa Concha é mais reservado e quando chegamos na vinícola logo pela manhã, já não tinha mais horários disponíveis para aquele dia, e quase ficamos sem tickets para o Tour Tradicional também, devido ao grande movimento de turistas, e como existe um limite de pessoas por horário, os ingressos do dia esgotam rapidamente.

Até chegar a hora do Tour, fomos conhecer a loja da Vinícola e o restaurante disponível. Tudo muito bonito e rústico. Resolvemos deixar para fazer compras após a visita guiada. Os preços dos vinhos na loja eram bem semelhantes aos do mercado de Santiago e infinitamente mais barato que no Brasil.

O Tour Tradicional começou pelo extenso jardim, composto por árvores de diversas partes do mundo e um maravilhoso lago, combinando com a maravilhosa mansão do fundador da vinícola, Don Melchor, construída em 1875.

Após pararmos para fotografar nesse cenário, seguimos para a degustação do primeiro vinho, um Sauvignon Blanc 2017 – Serie Riberas GRAN RESERVA, com a vista privilegiada do lago. Somos presenteados com uma taça, onde provamos os vinhos e de quebra, levamos para casa uma lembrança.

Seguimos adiante para conhecer a quantidade de cepas que a Concha Y Toro planta em um cenário deslumbrante, onde o guia nos dá um tempo para fotos e então partimos para degustar o segundo vinho ainda na área externa, onde podemos ter uma vista panorâmica do jardim.

O segundo vinho, é um Carmenere 2016 do rótulo Marques de Casa Concha. A Carmenere, apesar de oriunda da França, hoje é exclusividade do Chile. Esse vinho tem em sua composição 87,5% Carmenere e 12,5% Cabernet Sauvignon e deve ser harmonizado com massas, carnes vermelhas e queijos.

A próxima parada é o Casillero del Diablo, onde são armazenados os vinhos do rótulo que levou a vinícola a se tornar referência em vinhos no mundo todo. O interior da bodega é bem interessante, e ao chegarmos na parte mais baixa, as luzes se apagam em meio aos barris, uma projeção é revelada, na qual conta a história que deu origem a esse nome.

Don Melchor, ao ficar inconformado com os frequentes roubos de seus vinhos, espalhou um rumor que o Diabo habitava em sua bodega. Esse rumor espalhou-se rapidamente, e os vinhos pararam de desaparecer. Desde então, os vinhos começaram a carregar o rótulo Casillero del Diablo.

Após a apresentação, somos levados a degustar o terceiro e último vinho do Tour Tradicional, um Cabernet Sauvignon 2016 Terrunyo, que foi o que eu mais gostei, e a harmonização dele é queijos e carne vermelhas.

Após o fim da degustação, somos liberados, pois para o Tour Tradicional a visita guiada terminou. Os que possuem o ticket de Tour Marques Casa Concha, além do mesmo roteiro tradicional, são levados à provar mais quatro tipos de vinhos acompanhados de uma tábua de queijos.

A diferença de preço entre o Tradicional e o Tour Marques é em torno de $9000 CLP ( em torno de R$50). Sendo que:

  • Tour Marques de Casa Concha: $25000 CLP = R$141,48
  • Tour Tradicional: $16.000 CLP = R$ 90, 54

Para quem não entende muito de vinhos e o objetivo é conhecer a vinícola, o Tour Tradicional atende muito bem. Mas, para quem quer ter uma experiência mais profunda, acredito que vale super a pena pagar um pouquinho a mais. Infelizmente não fizemos o mais completo, pois não estávamos dispostos a voltarmos outro dia para refazer o Tour. Mas da próxima vez com certeza faremos, e até lá talvez sejamos melhores entendedores de vinhos, rs.

Como comprar:

Para ver as opções e comprar o seu ticket, acesse o site da vinícola Concha Y Toro

Como chegar:

Resolvemos não ir com agências de turismo, então fomos por conta própria, utilizando o metro e Uber, foi mais econômico e aproveitamos para conhecer mais um pedacinho da região metropolitana de Santiago: Puente Alto.

Pegamos a linha quatro do metro (Azul) e fomos até o final na Estação Las Mercedes, e de lá pegamos um Uber até a vinícola. Foi infinitamente mais barato do que contratar agências de turismo.
Tem a opção de pegar o metrobus nº  73, 80 e 81.
Ao todo, levamos em torno de 1h15 de trajeto.

Voltarei a falar sobre o Chile e nossas experiências nesse pedacinho de mundo.

Até mais,
Debora.

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